Os bancos digitais estão invadindo o mercado de serviços financeiros, mas será que são uma boa opção para quem quer empreender? Vamos descobrir.
O Mercado de serviços financeiros nunca esteve tão aquecido no Brasil e com isso as pessoas têm acesso a bancos digitais e soluções muito práticas para fazer e receber pagamentos.
Essas ofertas se estendem até o pequeno empreendedor, possibilitando a ele trabalhar com soluções desde máquina de cartão até APIs de pagamento digital.
Embora essa já seja uma realidade, ainda é comum ver resistência de alguns empreendedores a essas soluções, fintechs, bancos digitais e até mesmo ao PIX.
O medo é um sentimento bom, nos deixa alerta para o perigo, mas precisa ser dosado, porque em demasia ele acaba limitando as possibilidades, gera atrasos, que por sua vez gera prejuízos.
Bancos Digitais: Novas soluções para velhos problemas.
Quem tem bom relacionamento com seu gerente costuma achar que ele está ali para resolver seus problemas, mas o fato é que ele é um vendedor do banco, e está ali para que você não se torne um problema para eles.
Os bancos digitais tem essa característica, você não tem uma agência física para ser atendido, todo o atendimento é virtual, ou seja, você vai falar com o banco via chat ou telefone.
Por outro lado, boa parte dos serviços oferecidos pelos bancos tradicionais com algum custo, os bancos digitais fazem de “graça”.
Nós aqui na ANN Consultoria tivemos uma experiência de comparação quando abrimos uma conta PJ na Caixa Econômica.
Precisávamos receber pagamentos em boletos, por isso ao conversar com o gerente sobre essa possibilidade na conta corrente PJ, onde o valor mensal PROMOCIONAL era de 79,90/mês (é isso mesmo, R$ 80,00 por mês só para eu ter a conta), ele imprimiu uma folha com milhares de informações de produtos e valores com letras minúsculas e disse: “Essas são as tarifas para receber boleto pela conta”.
Se quiser bem, se não, amém.
Apresentação do serviço? Integração com nossos sistemas? Remessa e retorno? Nada disso ele sabia, e se sabia, não estava nem um pouco afim de explicar.
Lendo um pouco aquela lista enorme de preços, pude verificar algumas coisas como “Taxa de emissão de boleto – R $4,50, Taxa de Reimpressão de Boleto – R $3,50, etc…
Enquanto isso, esse tempo todo trabalhamos com uma fintech onde pagamos, POR BOLETO PAGO quitado, o valor de R $1,99.
Aliás, se quiser conhecer a solução, é o Asaas.
Ou seja, os bancos tradicionais não parecem estar preocupados com a forte concorrência.
Por tanto, hoje o pequeno empresário pode contar com diversas soluções financeiras para várias necessidades. Vamos citar algumas delas abaixo.
Fintechs e soluções de mercado.
Para empreendedores que não precisam de um relacionamento com o banco, as Fintechs são uma verdadeira mão na roda para a administração dos recebimentos.
Vamos listar algumas necessidades, soluções e aplicações relacionadas para diversos tipos de empreendimentos.
Envio de cobranças via boleto
Seja para pagamentos recorrentes ou mesmo geração de boletos, empresas como Asaas, Gerencianet, PagHiper são boas soluções.
Ideal para negócios do tipo locação ou que gerem mensalidades ou pagamentos recorrentes, venda de produtos com valores elevados ou pagamentos eventuais.
Suas plataformas são amigáveis e contam com um bom suporte, preços muito competitivos e possibilidades de integração com sistemas financeiros, lojas virtuais, ERPs, entre outros.
Mercado Pago e Pagseguro também tem esse tipo de solução.
Recebimento de cartões para lojas
Para quem faz vendas em loja física, entregas e necessita da máquina de cartão, existem soluções como a Stone, Pagseguro, Safra, Bin, entre outras.
Hoje o mercado está realmente farto desses produtos, com funcionalidades desde operação via smartphone até recebimento de PIX.
Temos um post sobre PIX, confira aqui.
As plataformas de acompanhamento dos valores a receber e as taxas competitivas são atraentes para qualquer empreendedor.
Pagamentos de E-commerce
Para quem tem loja virtual ou trabalha com Marketplaces ou outras plataformas de vendas como Mercado Livre, Ifood, Uber, etc.
Normalmente essas plataformas oferecem e cuidam dos pagamentos que o empreendedor recebe, até porque elas costumam receber a sua parte antes de mais nada.
Praticamente todas as empresas citadas acima tem algum recurso que permite receber pagamentos de loja virtual.
Um ponto em comum a todas essas soluções é que os valores recebidos através delas ficam em uma espécie de conta bancária dela, e elas geralmente permitem que o empresário efetue pagamentos de despesas utilizando esse saldo.
Além disso, a maioria delas permite que o empresário transfira os valores recebidos para outras contas bancárias, geralmente sem custo, às vezes com algum valor mínimo de transferência, inclusive via pix.
Recebimento via PIX.
A nova modalidade de movimentação bancária chega para substituir outros serviços como TED e DOC, e até mesmo o Boleto Bancário e o Cartão de débito.
No entanto, alguns empresários ainda resistem a utilização da nova modalidade com alguma desconfiança.
Argumentos como “é mais um jeito do governo saber onde eu coloco meu dinheiro” ou “Amanhã vão começar a cobrar por isso” são bastante comuns.
Porém não faz sentido e também não se sustentam, primeiro porque SIM, o Pix pode ser cobrado, mas a vantagem da sua utilização não está na gratuidade e sim na agilidade e praticidade.
Segundo, porque se o seu dinheiro passa por qualquer meio eletrônico que seja, ele está sendo auditado pelo governo, seja TED, DOC, Boleto ou Cartão, qualquer dessas operações está sujeita a auditoria.
E digo mais, empresas que tratam desses valores tem OBRIGATORIDADE de repassar os dados das transações para o governo, ou seja, até as máquinas de cartões tradicionais estão sujeitas a isso.
Mas essa auditoria não é necessariamente ruim, o mundo mudou, se tornou mais rápido, mais dinâmico, e o único jeito de escapar disso é trabalhando somente com dinheiro em espécie.
Resta saber quanto tempo seu negócio vai durar trabalhando dessa forma.
De volta aos bancos digitais.
Seguindo a linha das Fintechs, os bancos digitais atendem não só a empreendedores, mas a pessoas físicas também.
Bastando um smartphone qualquer pessoa pode abrir uma conta bancária, enviando fotos dos documentos e dentro de alguns dias receber um cartão em casa e começar a movimentar a conta.
Aquelas listas de documentos para apresentar, certidões e cópias são coisas de um passado distante que as pessoas querem é isso, distância.
Os bancos digitais funcionam exatamente como os bancos tradicionais, fornecendo todos os serviços que os concorrentes físicos através de aplicativos e com um alcance muito maior.
Empréstimos, financiamentos, consórcios, aumento de limite de cartão, transferências, tudo a partir de poucos toques na palma da mão de qualquer pessoa.
Além disso, eles chegam apresentando aos clientes o mercado financeiro, com possibilidade de fazer investimentos e compra de ações com o saldo da conta bancária
E lá se vão as operadoras de investimentos.
Entre outros atrativos, os bancos digitais costumam oferecer aos seus usuários (antigamente chamados de clientes) serviços gratuitos que antes eram cobrados nos bancos tradicionais.
Em 4 anos de correntista do Inter eu nunca paguei uma transferência de saldo para ninguém, e quando alguém precisa transferir fundos pra mim, eu gero um boleto e o outra pessoa paga. Pronto! O saldo está transferido.
Um pouco de paciência vai valer a pena
É claro que existem pessoas que não confiam em bancos digitais e preferem falar pessoalmente com alguém em uma agência física, mas essa é uma possibilidade que tende a diminuir, visto que os bancos tradicionais estão se tornando cada vez mais digitais.
E para quem é empreendedor, principalmente quem está começando um negócio novo, é interessante conhecer as novas possibilidades que o mercado tem hoje, além das soluções tradicionais.
Relacionamento mais dinâmico, agilidade e praticidade, o ganho de tempo nas relações se torna indispensável nos dias atuais.
A resistência de algumas pessoas está muito ligada à tecnologia. Utilizar um telefone para fazer uma transação bancária ainda assusta algumas pessoas.
Meu conselho para essas pessoas é: Tenham um pouco de paciência para aprender.
Se permita expandir suas possibilidades e aprenda um pouco a cada dia.
Ninguém se torna um especialista da noite para o dia, mas uma coisa é certa, esse é um caminho sem volta.
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